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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Banalizando o casamento contra o adultério

A cada dia que passa venho tendo maior interesse pela história, tendo apenas 27 acredito ser um caso mais de inquietação sobre distintos fatos do que saudosismo propriamente dito, me incomoda saber que os fatos veem tendo novas conotações devido as perdas de informações sobre o contexto de inserção dos mesmos, sei que isso é natural, mas compromete a avaliação de situações e deturpa opiniões, acredito que exemplificar seria uma melhor forma de me fazer entender.
Quando Paulo diz em sua epístola aos Coríntios que é melhor o casamento do que viver “abrasado” e entendamos por abrasado imerso no desejo, que inserido no contexto na época em que as mulheres casavam se virgens (em sua grande maioria, claro), coisa que hoje é mais rara que nota de 100 e cabeça de bacalhau, inclusive me dou por satisfeito já ter visto pelo menos uma em três. Os homens eram os mais machistas possíveis, as mulheres inferiorizadas e mediante tudo isso para se fugir do adultério era “preferível” que houvesse casamento à fornicação.
Ocorre pois que os valores mudaram e mesmo assim vejo alguns “mestres religiosos” permanecerem nos valores antigos onde aconselham jovens de 18 e 19 anos com um ano ou até menos tempo de namoro que enveredem nos caminhos do matrimonio afim de fugir da fornicação, para que assim, segundo eles não banalizem o sexo, que é um dom divino.
Essa frase reverbera em minha mente, pois apesar de concordar com a importância do matrimônio, não quero usar a palavra santidade pois penso que a mesma já nasceu banalizada. Será mesmo que é válido banalizar o casamento afim de não banalizar o sexo? É inteligente apressar um processo afim de retardar outro? Isso porque não quero ser leviano e mundano de forma extrema falando que é querer remar contra a maré pensar que o casamento possa ser uma barragem de impulsos do fim da adolescência e início da vida adulta.
A narrativa, o contexto e a semântica são tiradas de foco de modo a “doutrinar” por um caminho ofuscando as placas que indicam que tem um desvio logo ali, e assim a fé e religião se misturam a serviço da banalidade hipócrita de uns e outros que acreditam que casar por sexo é melhor que sexo por desejo, onde parece denotar que é possível pesar os pecados em balanças de feiras e atribuindo assim pesos e valores distintos, como se fosse a nós delegado o direito de precificar e qualificar tais atos, seria o caso de uma nova doutrina: “Os feirantes do desejo” ou algo do gênero (não tenho essa habilidade em nomear novas doutrinas, me afastei até das antigas) mas ao ver que esse julgamento não cabe a mim uma vez que cada um sabe o deva saber como gerir sua vida, logo não compete a mim nada mais que apenas esboçar de forma comedida minha opinião.


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