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segunda-feira, 26 de março de 2018

Comentando o vídeo do Greg News sobre Marielle Franco

É curioso como se pode mentir falando apenas a verdade. Basta fazer com que coisas que não tem nenhuma relação clara pareçam estar relacionadas. Também requer uma certa cara de pau. Embora o Gregório certamente saiba que as críticas aos direitos humanos não são aos direitos em si mas ao tratamento absolutamente desigual que é dado aos criminosos e às suas vítimas pelas organizações que tradicionalmente são vistas como defensoras da causa. Aliás, haja óleo de peroba para quem associa a violência na Islândia com a passividade da polícia de lá. Alguém realmente pode engolir a ideia de que a polícia islandesa teria os mesmos índices de letalidade se tivesse que lidar com a violência nos morros cariocas? Crer que todo bandido simplesmente se entregaria se a polícia fosse menos letal é um pensamento pueril demais mesmo para quem faz um vídeo de humor em cima da morte alheia.
Talvez o grande paradoxo seja um programa inteiro dedicado à Marielle e apenas a ela querer colocar como se se importasse com todas as demais vítimas da violência carioca. Não conheço a atuação da Marielle mas uma coisa eu posso afirmar: se ela não tivesse sido morta eu jamais saberia quem é ela. Assim como o médico morto na frente do filho no mesmo dia o qual o programa sequer mencionou. Aliás, qualquer das ONGs defensoras dos direitos humanos ofereceu alguma assistência à família da vítima?!


sábado, 17 de março de 2018

Marielle Franco

Eu não comemorei a morte da Marielle. Mas não consegui lamentar. Não conheço nada sobre a vida dela mas me lembrei das críticas e mentiras do PSOL quanto a intervenção no Rio. 
Mais do que isso. Sei que se alguém muito querido da minha família tivesse morrido nas mãos de um pivete que a esquerda brasileira se preocuparia com o pivete do que comigo. Afinal, somos brancos, heterossexuais, de classe média enquanto o pobre pivete é um preto fodido. Afinal todo branco é opressor, rico e filho de escravocratas, certo?