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sábado, 18 de julho de 2015

Mais algumas considerações sobre cotas raciais

Segue abaixo uma adaptação de uma resposta dada no Facebook à mais um texto defendendo as cotas raciais baseados em dados desconexos.
Quantos dos dados apresentados tiveram uma checagem minimamente além do superficial? Quer um exemplo de checagem superficial de dados? A maioria dos presos no Brasil é negro logo negro é tudo filho da puta?? Claro que não, mas uma análise de dados que não considere OUTROS dados faz isso. Quantos dos negros mortos pela polícia não tinham ficha policial, por exemplo? Se um menor número de negros tem nível universitário é EVIDENTE que um menor número deles tem condição de ser jornalista em um grande meio jornalístico, por exemplo.
Segundo, em um país de mestiços, como definir o que é 'negro'? O filho branco de um casal formado por um branco e um negro é um negro? Muitos de nossos brancos seriam considerados negros em outros países.
Terceiro, será que é JUSTO uma cota que privilegie o filho de um negro abastado em detrimento de um pobre branco?
Quarto, a cota não é sempre a gambiarra para não resolver os problemas de verdade? O ensino público é uma merda, a gente cria cotas para o ensino público! No lugar de resolver problemas não estamos oficializando a mediocridade? No lugar de melhor o ensino público garantindo o acesso ao ensino superior à gente que muitas vezes mal sabe ler e escrever direito?
Quinto, como resolver o problema do racismo DE VERDADE quando você o oficializa? Como explicar para o branco pobre ou de classe média porque um negro de condição similar merece levar vantagem? Porque um branco fico de imigrantes europeus pobres pode achar que merece ceder uma compensação histórica à um negro que sequer tem como garantir que NECESSARIAMENTE é descendente de escravos?
Sexto, compensação histórica? E se eu for descente de um cristão novo medieval, a quem peço a compensação histórica?


Evandro Veloso Gomes

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