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sábado, 29 de novembro de 2014

O velho e conhecido problema cultural!

     Com certeza a quantidade de posts os quais eu e os demais colunistas do blog citamos a falta de cultura como o maior problema do país é bem alta, e obviamente isso não se dá gratuitamente, para endossar este problema vou citar dois fatos tristes que presenciei no decorrer desta semana:
     O primeiro foi próximo de minha casa: três policiais fardados e de moto vinham em uma rua que cruzava com a rua em que eu transitava, rua esta onde vinha também uma moto com dois rapazes, como o cruzamento não era sinalizado obviamente a preferencia é de quem circula pela via à direita que neste caso era o veiculo conduzido pelos rapazes citados acima, e justamente porque esses rapazes não pararam para os policiais, os mesmo fizeram um verdadeiro circo, abordaram os rapazes, fizeram os mesmos colocar mão na parede, gritando e deferindo ofensas gratuitas. E o segundo foi hoje logo quando saia do inglês dois policiais abordaram um rapaz em uma moto e o solicitou que descesse da moto e apresentasse sua CNH e os documentos do veiculo, típico de uma blitz rotineira (até ai tudo dentro da normalidade), mas ao perceberem que todos estavam corretos e em dias, o que estranhamente pareceu entristecer os referidos policiais, os mesmos começaram a ofender o condutor do veiculo e também seu veiculo, de forma a humilhar o mesmo sem motivos  lógicos.
     Com isso eu quero relatar algo que eu vejo por parte de alguns policiais: (principalmente os militares) esses policiais acham que estão acima da justiça, do bem e do mal e que podem desdenhar um cidadão de bem apenas pela prerrogativa de estar cumprindo seu trabalho (digo isso pois já ouvi essa medíocre justificativa) perdeu-se o sentido do trabalho e isso é muito serio pois acaba criando uma pecha na população, até mesmo porque acredito piamente que tais policiais são uma minoria na corporação ( vale ressaltar que não critico a policia, e sim a atitude isolada de alguns de seus representantes), mas que mesmo sendo minoria acabam tendo serviço contrario pois acabam intimidando a população, onde deveriam ser exatamente o contrário: passar segurança para a mesma, mas enquanto tivermos alguns de nossos valores distorcidos estaremos fadados a tristes relatos como estes.


Jefferson Ribeiro

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Para o brasileiro política agora só daqui dois anos

     Há muito tempo eu não tinha mais duvidas, entretanto depois de ontem se ainda as tivessem as mesmas teriam caído todas por terra: o brasileiro é mesmo um alienado sem remédio, isso se mostrou plenamente claro quando eu vi torcedores atleticanos saírem enlouquecidamente na rua depois das 0:00 hrs de hoje comemorando o título de campeão da Copa do Brasil, apesar de não ser fã de futebol não critico quem é, até mesmo porque considero um divertimento saudável, entretanto não podemos transcender o limite do respeito, vivemos em sociedade,de responsa talvez o nosso vizinho não queira ser incomodado por um torcedor inconveniente as tantas da manhã, talvez este mesmo vizinho queira dormir pois precisa levantar cedo no dia seguinte para ir trabalhar, talvez tenha criança pequena em casa ou qualquer outro motivo que não torna permissível que o outro invada seu espaço.
     Porém apesar de todos esses argumentos citados acima, pra mim o mais preocupante é que o brasileiro dê tanta importância para questões secundárias como um jogo de futebol, um reality show, ou até mesmo o ultimo capítulo da novela das nove, mas que não dê a minima para os escândalos de corrução que assolam o país, como o dinheiro público tem sido sugado pelo ralo da corrupção e como o atual governo tem utilizado de métodos escusos para driblar a lei de diretrizes orçamentarias (LDO) e fugir das punições por suas transgressões, o que eu percebo no país é que política é um assunto que virou apenas recurso pra quebrar silencio em grupos fechados (sejam eles entre colegas de  serviço, na fila do banco ou até mesmo dentro do ônibus ou metrô) assim como quando ficamos sem assunto e reclamamos do tempo, hoje isso é a política na cabeça do brasileiro, onde todos reclamam da atual administração (independente de quem quer que seja) só mesmo pra quebrar o silêncio, até mesmo porque apenas uma minoria teria condições de relatar com exatidão e certo conhecimento o que se passa no cenário nacional.
     Acho que não tem mesmo jeito no Brasil, política é mesmo algo que só existe de dois em dois anos, ou pelo menos assim se faz na cabeça dos brasileiros.


Jefferson Ribeiro

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A culpa é da alienação

     É inacreditável o quadro político que vivemos, me sinta ludibriado com as mentiras que vão se tornando eloquentes em exatos um mês do resultado das urnas, onde tivemos uma mutação da presidente onde a candidata Dilma Rousseff mudou totalmente de ideias e pensamentos, passando então a lançar mão dos recursos que demonizou em toda sua campanha, pois lembrem-se que após três dias de eleita Dilma subiu os juros, dois dias depois aumentou o preço da gasolina em 3% e do diesel em 5%,, e agora anunciou um banqueiro como ministro da Fazenda (entenda que não critico a escolha, só a enxergo uma incoerência com o próprio discurso de campanha), logo ela que criticou tanto a Marina Silva, colocando nela a pecha de amiga dos banqueiros e do capital privado por ser amiga da Neca Setubal, umas das herdeiras do banco Itaú.
     Qualquer pessoa racional mediante tal quadro político faria duas análises simples: A primeira é que Dilma iludiu de forma vil e grotesca o seu eleitorado, tentado impor uma imagem negativa de seus adversários mediante questões as quais ela mesma sabiam serem as mais acertadas devido a situação vigente, e a segunda é de que o PT se tornou tão mentiroso e manipulador (lembre-se que o Lula disse que o PT faz o diabo para ganhar uma eleição) que não se envergonha em contar mentiras descaradas para se perpetuar no poder.
     E se como tudo isso supracitado não fosse suficientemente o bastante, ainda vemos o partido buscar meios (sujos é claro) de burlar a LDO (Lei de diretrizes orçamentarias) afim de escapar das punições pertinentes por não terem atingido superavit para pagar os juros da divida pública, e o pior de tudo isso por mais incrível que possa parecer nem é o partido usar de meios tão nojentos e sim a população ser tão desinformada e alienada a ponto de tornar tais meios permissíveis em nosso país.


Jefferson Ribeiro

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Me engana que eu gosto!

    Hoje cedo estava assistindo à CNN e ela ficou todo o tempo mostrando a revolta em Ferguson depois que a justiça americana resolveu não processar um policial que matou um negro. Eu não estou muito a par do caso e, por isso, não tenho uma posição se o policial atirou mesmo em legítima defesa ou não. Mas fiquei pensando: será que isso importa? Será que os manifestantes conhecem mesmo os detalhes do caso? Procuraram saber mais da história ou será que concluíram que foi racismo somente pelo fato de ser um policial branco e uma vítima negra? E será que os saques e as depredações provam que o policial executou o jovem?
    Faz pouco tempo, recebi no Facebook um comentário de alguém dizendo estar havendo um genocídio negro pois a maior parte das mortes em confrontos com a polícia no Brasil serem negros. Será que esse pessoal fez uma pesquisa mais profunda para ver se a proporção é superior à de negros na população? Quantos pesquisaram apenas uma amostra desses casos para analisar se efetivamente houve confronto ou execução?
   Ainda que o caso em Ferguson seja efetivamente legítima defesa ou que a maior parte das mortes por resistência efetivamente sejam o que são, isso implicaria dizer que não existe racismo no Brasil? Claro que não! Mas será que buscar as reais causas destes problemas não poderiam resultar na sua efetiva resolução? E deixar claro o que é ou não racismo não poderia resultar no efetivo combate ao mesmo sem resultar em mais racismo?
   Mas a discussão não é sobre racismo aqui mas sobre a mania insistente de alguns de separarem ‘trechos’ da realidade que lhe convém para afirmar sua visão de mundo e ignorarem todo o resto.
   Em alguns grupos que participo no Facebook é comum alguns fanáticos religiosos entrarem para questionarem assuntos como Evolução ou Big Bang. O mais interessante é que entram repetindo argumentos que ouviram do pastor sem citar fonte ou sem demonstrar saberem do assunto. Aí quando você refuta o argumento com uma rápida pesquisa no Google eles pulam para o próximo, deixando claro a fragilidade da argumentação e o desconhecimento do assunto. No fundo, eu poderia jogar os restos congelados de um mamute na frente deles que eles não mudariam de idéia, já que tudo o que precisam saber o pastor e a bíblia já lhes disse. E a algo refuta, este algo é que está errado, ainda que eu não consiga ver o erro!
   É como o pessoal que depredou o prédio da Editora Abril quando a Veja publicou às vésperas da eleição provas do envolvimento do PT no Petrólão. No lugar de contestar as provas divulgadas, preferiram acusar a imprensa de conspiração.
   E o que não falta é gente que saí por aí repetindo o que ouviu ou concluindo coisas por si mesmo sem nunca ter lido nada sobre o assunto. A listinha poderia ir de ‘que chocolate dá espinha’ até a última da Dilma ’que inflação baixa geraria desemprego’.
   Enfim, dizem que em terra de cego quem tem olho é rei…

Evandro Veloso Gomes

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pelo dia da consciência branca

    Sou neto de gente simples que trabalhava muito e ganhava pouco e sempre arranjava algo mais em que pudesse ganhar um pouco mais para dar aos filhos o estudo que jamais tiveram. Minha mãe também separada, com dois filhos para criar e pagando aluguel também precisou batalhar muito para que os filhos pudessem ir mais longe do que ela própria teve condições.
    Sim, sou branco mas não fui criado comendo lagosta e caviar. Estudei em escola pública no primeiro e segundo graus e mesmo tendo sido bom aluno a minha vida toda não consegui entrar em nenhuma universidade pública e tive de trabalhar e estudar para conseguir uma graduação 'na escola que a grana pôde pagar'.
    Ainda que nada tenha vindo fácil já fui tratado como se tivesse vindo de uma família tradicional de escravocratas ricos por quem julgando lutar contra preconceitos cuspiu que todo branco tem como 'pecado original' ter tido escravos.
    Se há vinte anos atrás não fazia a menor diferença entre um negro e eu hoje sou obrigado a ver um movimento negro em nome de uma luta contra o preconceito pré-julgar que é mais coitado do que eu apenas por sua cor da pele reivindicar vantagens por uma pretensa igualdade.
    E antes que alguém porventura queira traçar algum paralelo com a comunidade gay, vale lembrar que todo o direito que eles reivindicam é por analogia aos heterossexuais e nada além, seja o casamento, seja o direito de manifestação de afeto.
    Que triste fim, caber aos brancos lutar para que neste apartheid pedido pelos negros o Estado não esqueça de nós, pobres brancos.
    Pelo dia da consciência branca!

Evandro Veloso Gomes



domingo, 16 de novembro de 2014

Política, é mesmo algo pra só se discutir em época de eleição?

     Bem , uma coisa que percebo na forma de pensar da maioria dos brasileiros é que politica é algo que só deve ser discutido em época de eleição, ou seja, de dois em dois anos, isso é o que mais me preocupa, essa falta de entendimento onde na verdade o tempo de eleição é só o tempo de escolha, onde a partir daí estamos dando aval (vamos por assim dizer) a que um determinado politico nos represente, sendo assim então, se eu parto do pressuposto que não preciso mais discutir e me importar com políticos eleitos por mim (leia-se pela maioria de forma democrática) nos anos subsequentes, até que se finde aquele mandado, eu simplesmente estou dando um "voto cego", pois a partir de então eu sou totalmente indiferente as atitudes e decisões do candidato ao qual eu elegi. Onde deveria ser exatamente o contrario, uma vez que eu dei meu voto de confiança para que alguém me represente, eu preciso cobra-lo saber o que tem feito, se tem cumprido seu plano de governo, e se tem se mostrado coerente no cargo ao qual foi eleito.
     Entretanto isso é só a ponta do iceberg (desculpem o clichê) pois se formos analisar a coisa em todo o seu âmbito, veremos que tal modo de pensar já se faz retrogrado e defasado desde a sua origem, pois politica não é simplesmente o que envolve políticos e seus partidos, para tanto segue abaixo o significado da palavra pelo dicionário Michaelis:


política po.lí.ti.ca
sf (gr politiké) 1 Arte ou ciência de governar. 2 Arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. 3 Aplicação desta arte nos negócios internos da nação (política interna) ou nos negócios externos (política externa). 4 Orientação ou métodos políticos: Política de campanário. 5 Arte ou vocação de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido, influenciação da opinião pública, aliciação de eleitores etc. 6 Prática ou profissão de conduzir negócios políticos. 7 Conjunto dos princípios ou opiniões políticas. 8 Astúcia, maquiavelismo. 9 Cerimônia, cortesia, urbanidade. P. de campanário: a que só vê os interesses locais. P. econômica: teoria e prática da direção econômica de um país. P. de boa vizinhança: política caracterizada pelo princípio de amizade, cooperação e não interferência nos negócios internos de outro país, principalmente país vizinho. P. social: conjunto dos princípios e medidas postos em prática por instituições governamentais e outras, para a solução de certos problemas sociais.


     Para tanto, reparem mais especificamente no item nove que politica também pode ser caracterizado pela sua forma de se portar com os demais e também em determinadas situações, podendo se então concluir que de alguma forma todos nós praticamos politica, sendo assim sejamos mais POLITIZADOS e endossados de nosso papel como cidadãos para poder julgar todas as situações antes de nos predispormos a falar do que não conhecemos, pois como já dizia Neimar de Barros:

“Aquele que fala daquilo que não conhece prova que conhece, pelo menos, o direito da burrice livre.”

Jefferson Ribeiro

sábado, 15 de novembro de 2014

Comentários sobre o vídeo: "Privatizações: a Distopia do Capital (2014)"

     Ao contrário da maioria das pessoas, eu gosto de criticar COM CONHECIMENTO e, por isso, ao encontrar este vídeo resolvi assisti-lo na íntegra para poder comentar cada argumento.
Então vamos lá:
     - O ponto que mais me chamou a atenção no vídeo é que nele nunca se fala em corrupção e, por isso, embora o vídeo seja bem recente escândalos como o mensalão e o petrolão não são mencionados, muito menos como isso interfere na eficiência e rentabilidade destas empresas;
     - Outro ponto importante é que em certo ponto do vídeo se mencionou que o preço dos serviços aumentou. Certamente serviços como eletricidade e gás certamente tiveram aumentos, embora também tenha aumentado a quantidade de pessoas com acesso ao serviço. Outros como telefonia são incomparáveis. Sou do tempo em que ter um telefone era aguardar anos em uma fila esperando por uma vaga nos planos de expansão da Telesp e cuja linha era tão cara que era declarada como bem no imposto de renda;
     - Um dos pontos mais engraçados certamente é quando ele cita países 'exemplos' de desenvolvimento como a Bolívia e a Argentina que estavam revertendo as privatizações;
     - Obviamente se esqueceu de mencionar que o governo do PT na hora que percebeu que não haveria jeito também fez concessões de rodovias e aeroportos e que quando os contratos das distribuidoras de energia venceram as mesmas não foram estatizadas mas sim tiveram os contratos renovados.
     Fica abaixo o vídeo para quem quiser conferir.


Evandro Veloso Gomes


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Fila, uma instituição nacional

   Ontem fui com a minha mãe ao mercado e encarei desde o aperto nos corredores até uma fila de uns 10 minutos no caixa. Ao lado o caixa preferencial. E pensei, será que há outro país no mundo em que no lugar de se resolver um problema se criam regras sobre como conviver com ele?
   Me lembro de ter ido ao Hopi Hari e enfrentar filas de mais de uma hora para ir em alguns brinquedos e a nojenta cobrança adicional no valor de mais um ingresso para quem quisesse brincar sem pegar filas. No lugar de resolver o problema, resolveu-se ganhar dinheiro com ele.
   Criamos lugares preferenciais (e não exclusivos como muita gente pensa), regulamentação para a saúde suplementar e a educação privada, cotas em universidades,....
   Enquanto isso o resto perde tempo nas filas, pega ônibus lotados, são atendidos precariamente no SUS, tem uma educação pública ruim,....
   No Brasil até o jeitinho brasileiro é oficial!

Evandro Veloso Gomes

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Oposição é sinônimo de ressentimento no dicionário da presidente!

     É absurdamente estranho pra não dizer medíocre ouvir a presidente falar que devemos deixar o ressentimento eleitoral de lado "no que se refere a questão" de falar do discurso feito por Aécio Neves na tribuna do senado ao afirmar que fará uma oposição intransigente, inabalável e inquebrantável, o que me leva a pensar que o fato de que nos últimos 12 anos nossa oposição simplesmente não existiu, limitando suas aparições a épocas eleitorais, fez com que nossa presidente assim como os militantes de seu partido esquecessem que oposição é algo extremamente importante para a manutenção da democracia, fica ate paradoxal ver o PT se esquecer da existência da oposição, ele que a fez ferrenhamente nos governos de Collor e FHC, por ferrenha leia-se que o mesmo (PT) votou contra a lei de responsabilidade fiscal e o plano real.     Entretanto vale lembrar que o que se espera de uma oposição como descrita pelo Aécio Neves é que ela seja mesmo intransigente no combate a corrupção e para isso imparcial, apurando assim e punindo os casos de corrupção em todos os partidos, inclusive o seu, para que assim os 51 milhões de eleitores que depositaram nele sua confiança e esperança de mudança, possa enxergar coerência em seu discurso.



Jefferson Ribeiro

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Um país de cínicos

    Somos o país do 'levar vantagem em tudo' em que se anda no acostamento ou se descumpre quaisquer das regras de trânsito desde que ninguém esteja vendo e depois reclamamos da indústria da multa e da corrupção.
    Somos o país aonde não se leva desaforo para casa e se disputa a tapa até lugar no trem enquanto distribuímos mensagens de amor e caridade por e-mail.
    Somos o país que se diz liberal ainda que a mulher que dá para todos seja puta ou o gay que beija em público sem vergonha.
    Somos o país em que todo mundo se acha trabalhador ainda que leve o trabalho 'à banho-maria' e depois reclamamos do atendimento que recebemos das empresas.
    Somos o país em que se estuda para passar, se faz faculdade pelo diploma e que se quer o diploma só por se ter pago por ele, mas queremos excelentes médicos, engenheiros e cientistas.
    Somos um país cínico que se acha exemplo para o mundo enquanto esquecemos de ver o que o mundo pode nos ensinar. E por isso nunca aprendemos NADA!

Evandro Veloso Gomes

Concursos públicos, não caia no comodismo.

     Bem... pra quem assistiu nosso primeiro hangout, percebeu que batíamos sempre na mesma tecla, aquela de que o problema do Brasil é cultural, pois bem esse problema obviamente se estende bem mais do que apenas no campo politico, entenda que nossa cultura hoje sofre do mal do comodismo e imediatismo, acho que um bom exemplo disso é essa súbita ascensão da população por concursos públicos, inclusive circulava nas redes sociais que os chamados "concurseiros" não deveriam votar no Aécio pois o mesmo restringiu a algo próximo de zero o número de concursos públicos no estado de Minas Gerais no período de sua gestão, entendam que eu não sou contra concursos públicos e sim contra a filosofia de que é a melhor garantia de emprego possível, e essa sim é uma perigosa prerrogativa, pois se o cidadão deixa de investir em si próprio como profissional,investir em seu currículo, sua formação como forma de se manter ativo no mercado de trabalho e passa a estudar apenas para concurso público isso gera uma diminuição da mão de obra qualificada e consequentemente maior ineficiência nos setores públicos, afinal de contas sejamos francos, se o objetivo é a garantia de emprego, porque aquele funcionário irá se preocupar em dedicar-se mais para se destacar em meio a sua equipe?
     Inclusive eu vivi uma situação dessas na Caixa Econômica Federal na semana passada, era tão gritante o descaso do funcionário ao qual me atendia que o mesmo parou o atendimento para atender ao celular e enquanto esperava a tela carregar os dados os quais lhe solicitei o mesmo chamou sua colega de trabalho ao lado para mostrar algo no celular, isso mostra o total descaso na função e até mesmo despreparo para não dizer falta de profissionalismo,
     Eu já vivi outras situações similares e acredito que os leitores ao lerem este texto se lembrarão de algumas também, entretanto o foco deste texto não é criticar o funcionalismo público, não mesmo, seu objetivo é salientar a falta de profissionalismo que cresce nesse setor por essa politica de comodismo, é tocar na ferida do imediatismo, chamar atenção para que pensamos mais em profissionalismo e menos em comodismo.

Jefferson Ribeiro